Arte e Natureza no espaço urbano

Arte e Natureza no espaço urbano

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A Romaria da Senhora D'Agonia, a "Rainha das Romarias de Portugal"

Cartaz oficial das Festas da Senhora da Agonia 2014
Estão aí as Festas da Senhora da Agonia, desta feita agendadas para os dias 20 a 24 de agosto. O programa deste ano é ambicioso e diversificado, como sempre tem sido, aliás. Viana do Castelo "não faz por menos", procurando manter a qualidade a que desde há muito nos habituou, no que diz respeito ao cartaz de iniciativas integradas na sua festa maior, com início no dia da Senhora da Agonia (celebrado a 20 de agosto), muito justamente tornado feriado local desde 1783. 
São milhares os residentes e forasteiros que se encontram nas ruas da cidade por estes dias festivos, marcando presença nos diversos eventos, quer religiosos, quer de índole "mais profana". A devoção à Senhora da Agonia ocorre desde o ano de 1751, após a entrada da respetiva imagem na Capela do Bom Jesus. Ao longo dos anos, o programa oficial destas festas viria a incluir cada vez mais componentes, tornando-se verdadeiro cartaz e símbolo da região, aliando a religiosidade e a tradição requeridas pelos romeiros a um amplo conjunto de elementos de raiz popular, mais do agrado dos foliões minhotos e dos muitos visitantes da região por esta ocasião. 
Diria que "há de tudo, para (quase) todos os gostos". 
Do programa das Festas deste ano, permito-me destacar a emblemática Procissão do Mar (dia 20), o Festival Náutico (dia 21), o Desfile da Mordomia (dia 22), o Cortejo Etnográfico (dia 23) ou, ainda, a Procissão Solene da Senhora da Agonia (dia 24). Mas muito mais há para ver, acreditem.  
... Se ainda não fomos, havemos de ir a Viana. Logo que possamos, claro está. 

Coleção de 20 pacotes de açucar, alusivos à Romaria da Senhora da Agonia, produzidos pela Delta Cafés (2014).
Uma das várias edições de pacotes de açucar que - desta como doutras empresas - têm contribuído para a divulgação de elementos patrimoniais diversos. Um exemplo a registar e a copiar. 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Ruralidade I

O país real proporciona-nos, não raras vezes, algumas imagens merecedoras de registo e comentário. Nas minhas andanças pelo Alto Minho, não resisti a registar (para memória futura) algumas situações, no mínimo "interessantes", na minha perspetiva. 
Aqui ficam...

Entroncamento. Ou encruzilhada, se preferirmos. Parar é mais seguro, não vá passar algum "maluco ao volante", a alta velocidade. Também podemos parar para refletir sobre a nossa vida e sobre a nossa fé, focados no cruzeiro que se destaca no local. E, já agora, vende-se o quê? Espero que não seja o cruzeiro...

"Diz" a placa, já muito estragada: "Obras são marcas que ficam". Ainda bem que (pelo menos, para já) as obras não aconteceram naquele local. Não fossem desaparecer os campos de cultivo, as vinhas, os castanheiros...

Um retrato comum no país real que é o país rural: a idosa, evidenciando o peso dos anos e/ou a saúde possível, caminhando sozinha e devagar, estrada fora, talvez para casa, talvez até à capela, talvez até uma sombra, apenas.

Uma motorizada - em tempos, seguramente, "rainha do asfalto" - descansa à porta de casa, tal como o dono, no seu interior. Voltarão à atividade depois do almoço, creio. 

domingo, 3 de agosto de 2014

O "Crochet Sai à Rua": uma moda "viral" em Vila Nova de Cerveira, a Vila das Artes

Vila Nova de Cerveira expõe neste momento - e durante algum tempo mais (...) - um novo motivo para ser visitada e merecidamente apreciada, em cada um dos seus recantos, ruas e praças. 
Muitos dos seus edifícios, elementos de mobiliário urbano, estatuária e árvores diversas, apresentam um apreciável conjunto de peças elaboradas em crochet, na sua maioria coloridas, que as (re)vestem com surpreendente elegância e originalidade. Como só poderia ser, aliás, numa vila como esta!...
Tudo começou no âmbito da resposta coletiva dada com entusiasmo ao desafio lançado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, por ação do seu serviço de Turismo: o de cobrir alguns troncos de árvore com peças em crochet, no intuito de chamar a atenção de todos quantos passam pelo centro histórico da vila para a realização da BIA - uma mostra, bienal, de artes e ofícios tradicionais. 
Neste contexto, diversas instituições - públicas e privadas - comerciantes e habitantes locais, entre outros, empenharam-se de forma notável na conceção e aplicação dos muitos elementos produzidos em crochet e que agora embelezam a sempre simpática vila minhota, num processo absolutamente "viral", que não deixa ninguém indiferente e anima qualquer fotógrafo de ocasião. 
Ficam aqui algumas imagens obtidas no local,  num modesto contributo para a divulgação e preservação daquela laboriosa tradição secular, assim exposta publicamente.

A Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, ostentando as
suas novas "roupagens estivais" 

Árvores revestidas com crochet, no Jardim do Auditório Municipal
de Vila Nova de Cerveira (Rua 25 de Abril)

Peça escultórica de José Rodrigues ("Esforço"),
expondo revestimento em crochet

Rua Queiroz Ribeiro, integrando peças em crochet
combinadas com os seus já conhecidos guarda-chuvas
coloridos